Sayona finaliza sondagem inicial em projeto de grafita na Bahia
Foram abertos 49 furos de sondagem em uma área total de 2.440 metros. A campanha foi realizada nos alvos São Manuel e São Ruben, que fazem parte de Itabela. As informações são de comunicado enviado ao mercado na terça-feira.
De acordo com a Sayona, o objetivo da campanha de sondagem era testar o teor, a extensão e profundidade da mineralização conhecida nos dois alvos do projeto de grafita. A mineradora australiana também quer validar os dados de ensaios de pesquisas antigas realizadas em Itabela.
Os testemunhos foram enviados para laboratórios pela Sayona. Os resultados e análises devem ser divulgados no fim deste mês, segundo a empresa. A campanha de sondagem teve início em 29 de fevereiro deste ano.
A Brasil Grafite, que detém 100% do empreendimento, permanece com um royalty de 2% sobre a produção vendida, chamado de net smelter return. Segundo a Sayona, Itabela está em fase avançada, de forma que pretende colocar o projeto em produção rapidamente, concluindo um estudo de viabilidade e obtendo as licenças necessárias dentro de 12 a 18 meses.
Um estudo técnico sobre o projeto Itabela, publicado em 2012 pela Frontera Minerals, aponta recursos inferidos de 3,7 milhões de toneladas de minério e recursos indicados de 3,7 milhões de toneladas, com 2,3% de carbono grafítico (Cg), com 700 mil toneladas contendo Cg.
A produção anual estimada para o projeto é de 18 mil toneladas por ano nos primeiros quatro anos e de 36 mil, posteriormente, até o fim da vida útil da mina, que é projetada em 23 anos, segundo dados da apresentação da Frontera. A Sayona disse que os testes da planta piloto apontaram altos teores, que podem ser atingidos por meio de tecnologia de flotação.
A Sayona é uma mineradora listada na Australian Securities Exchange (ASX), voltada para o desenvolvimento de ativos com alta pureza de grafita, que possui demanda de setores emergentes de novas tecnologias.