Metais básicos operam em queda pressionados por realização de lucro
Os metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) registravam baixa nesta quinta-feira, pressionados por realização de lucro após os ganhos de ontem e pelo desapontamento no mercado financeiro pelo fato de a China não ter revelado um segundo pacote de estímulo durante a reunião anual do Congresso Nacional do Povo.
Às 8h33 (de Brasília), o cobre para três meses era negociado a US$ 3.680,00 por tonelada na LME, queda de US$ 65,00 ante o fechamento de ontem. Na quarta-feira, o cobre atingiu o maior nível desde novembro.
O alumínio recuava US$ 16,00, a US$ 1.343,00 por tonelada, e zinco perdia US$ 8,00, a US$ 1.216,00 por tonelada. O chumbo tinha desvalorização de US$ 5,00, a US$ 1.170,00 por tonelada, e o níquel caía US$ 125,00, a US$ 9.900,00 por tonelada.
Já o estanho ganhava US$ 50,00, por tonelada a US$ 10.950,00 por tonelada. Na Comex eletrônica, às 9h30 (de Brasília), o contrato do cobre para março recuava 1,01%, para US$ 1,6685 por libra peso. Apesar das perdas de hoje, indicadores como médias móveis mostram a possibilidade de ganhos no curto prazo.
"O mercado parece forte", disse um trader de Londres, acrescentando que, até o fim do dia, as cotações podem subir sustentadas por mais compras por parte de investidores técnicos.
A situação dos estoques forneceu sinais altistas para cobre, zinco e chumbo. Os estoques de cobre caíram pela sétima sessão seguida, mesmo com os cancelamentos de garantias diminuindo 6%, para 61.000 toneladas.
De acordo com o analista Daniel Smith, do Standard Chartered, a recente redução nos estoques está sendo provocada pelo aumento das importações chinesas, o que não deve durar muito.
O consumo na China só se recuperou em setores específicos, como o de produção de equipamentos de ar condicionado e de cabos e fios de cobre.
Segundo Smith, as importações têm sido "artificialmente" infladas pelo acúmulo de estoques pelo governo, compras para arbitragem e expectativas equivocadas de uma recuperação mais rápida do que o que seria possível.
O níquel também parece excessivamente comprado nos níveis atuais, já que a produção de aço inoxidável continua diminuindo, e a demanda pelo metal vem recuando de forma acentuada, segundo o analista.
Fonte: Agência Estado