Metais básicos sobem; dólar baixo compensa novo aumento de estoques

Os contratos de metais básicos registram alta na London Metal Exchange (LME), reagindo à valorização do euro ante o dólar após o Federal Reserve reduzir a meta para a taxa dos Fed Funds para uma banda de 0% a 0,25%, de 1%. Quando o Fed anunciou o corte de juros, os mercados de metais já haviam fechado em Londres.

O euro subiu ontem após a decisão do Fed e no final da tarde em Nova York estava cotado em US$ 1,4101, de US$ 1,3691 na segunda-feira. Hoje, por volta das 10h03 horas (de Brasília), o euro estava cotado a US$ 1,4102. Por volta das 9h22 (de Brasília), os contratos de cobre para três meses tinham alta de US$ 27, a US$ 3.095 por tonelada; os de alumínio subiam US$ 13, a US$ 1.484 por tonelada; os de zinco avançavam US$ 2, a US$ 1.088 por tonelada; os de chumbo tinham ganho de US$ 7, a US$ 995 por tonelada; os de níquel subiam US$ 305, a US$ 10.000 por tonelada; e os de estanho avançavam US$ 300, a US$ 11.200 por tonelada.

Às 10h04, os contratos futuros de cobre para março tinham alta de US$ 0,0215 (1,56%), para US$ 1,4000 por libra-peso, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex). De acordo com traders, a desvalorização do dólar mais que compensou o grande aumento nos estoques de metais informado pela LME nesta quarta-feira. Os estoques de alumínio subiram quase 100 mil toneladas e rompeu a marca das duas milhões de toneladas. O volume armazenado de estanho, que vinha se mantendo baixo neste ano, aumentou 32% para 6.530 toneladas. Analistas observaram, contudo, que os ganhos são limitados pelo pessimismo quanto a uma recuperação na demanda no curto prazo. Leon Westgate, analista do Standard Bank, considera que o câmbio em si não pode desencadear uma recuperação de preços.

"Ainda é necessário que esses cortes de juros estimulem o consumo. Até que as empresas tenham uma perspectiva mais firme de como ficará o consumo de seus produtos, acredito que a demanda por metais continuará em queda", disse. No curto prazo, disse um trader de Londres, os preços devem oscilar em torno dos atuais níveis. Além do câmbio, a expectativa de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduza a produção em dois milhões de barris por dia aumenta as cotações do petróleo e influencia as outras commodities.

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