MPF-BA investiga impactos de mina da INB.

O Ministério Público Federal (MPF) da Bahia decidiu investigar os impactos ambientais e sociais provocados pela exploração de urânio, em Caetité (BA), pela Indústrias Nucleares do Brasil (INB). A investigação será feita por meio de uma auditoria independente, que deverá ser paga pela própria INB. A empresa tem prazo de 15 dias para depositar o valor correspondente em conta judicial. Caso descumpra a ordem, o MPF iniciará Ação Civil Pública contra a empresa.

O MPF-BA recomendou, ainda, que o Ibama não libere licença de ampliação da operação da unidade para a INB enquanto não forem atendidas as condicionantes em aberto da atividade atual e que a auditoria seja concluída. O órgão pede ainda um novo EIA/Rima e licença ambiental para duplicação da capacidade da mina para 800 t/ano de urânio, além de propostas da Secretaria Estadual de Saúde da Bahia, no estudo epidemiológico a ser realizado pela Fiotec/Fiocruz em atendimento à licença ambiental da INB.

No último dia 4 de novembro, o Instituto de Gestão das Águas e Clima (Inga), da secretaria de Meio Ambiente da Bahia, divulgou o resultado das análises em amostras de água da região de Caetité e também constatou contaminação da água por urânio. A amostra coletada em um dos sete poços analisados apresentou contaminação em limite acima do permitido pela resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) 357/05. O governo da Bahia interditou o poço e vai fornecer água para as famílias, que terão assistência da Secretaria de Saúde do município e do Estado da Bahia.

 

Fonte: Infomine

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